My playlist


MusicPlaylistView Profile
Create a playlist at MixPod.com

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Filmes relacionados à Necessidades Especiais

Filmes relacionados à Necessidades Especiais

* Johnny vai à guerra (def. múltipla)
* O garoto selvagem (def. mental)
* Óleo de Lorenzo (def. física)
* Meu filho meu mundo (autismo)
* Enigma das cartas (autismo)
* De porta em porta (def. física)
* Aprendiz de sonhador (def. mental)
* Meu nome é rádio ( def. mental)
* Liberdade para as borboletas (def. visual)
* Amargo regresso (def. física)
* O oitavo dia (def. mental)
* A música e o silêncio (def. auditiva)
* Meu pé esquerdo (def. física)
* Frida (def. física)
* Janela da alma (def. visual)
* Feliz ano velho (def. física)
* Minha amada imortal (def. auditiva)
* Rain man (Autismo)
* As chaves da casa (def. física)
* Perfume de mulher (def. visual)
* Os filhos do silêncio (def. auditiva)
* Mar a dentro (def. física)
* O homem elefante (def. física)
* Simples como amar (def. mental)
* À primeira vista (def. visual)
* Vermelho como o céu (def. visual)
Fonte:CAPE Centro Apoio Pedagógico Especializado
Filmes que falam sobre Altas Habilidades/ SuperdotaçãoMentes que brilham
Lances inocentes
Gênio Indomável
Uma mente Brilhante
Sociedade dos Poetas Mortos
Prenda-me se for capaz
Encontrando Forrester
Amadeus
Brilhante
Hackers-Piratas de Computador
Código para o Inferno

SUGESTÃO DE LEITORES DESTE BLOG:
-Black (surdocegueira)/ de: Neoaguiar
-Lição de Amor (def.mental)/ de: Anônimo
-O Guardião de Memórias (Sindrome de Down) / de: GAMAH Projeto Social
De Andréa:
-Síndrome de Down: Após a Morte; Um Amor Incondicional; Léon e Olvido; O Que Você Tem Embaixo do Chapéu?; O Guardião de Memórias; A Outra Margem; Quem Falará por Jonathan. - -Síndrome de Tourette: Front of the class.
Obrigada pessoal, pela colaboração...

Entre neste site e voce terá mais títulos de filmes separados por deficiência:
http://www.pessoacomdeficiencia.com/filmes_sobre_deficiencia_auditiva.htm

------------------------------------------------------------------
VEJA TAMBÉM:

Famosos com necessidades especiais:

Inúmeros homens e mulheres de séculos passados conseguiram a proeza de eternizar seus nomes na História, apesar de suas deficiências.Nos anos atuais muitos indivíduos também têm tido sucesso excepcional em suas vidas, mesmo com problemas limitadores.
http://www.crfaster.com.br/gfamosos.htm

É IMPORTANTE CONHECER AS NECESSIDADES ESPECIAIS PARA SABER LIDAR COM OS ALUNOS:
 
DEFICIÊNCIA VISUAL
 
Baixa Visão
 
É a alteração da capacidade funcional da visão, decorrente de inúmeros fatores isolados ou associados, tais como: baixa acuidade visual significativa, redução importante do campo visual, alterações corticais e/ou de sensibilidade aos contrastes, que interferem ou que limitam o desempenho visual do indivíduo.
A perda da função visual pode se dar em nível severo, moderado ou leve, podendo ser influenciada também por fatores ambientais inadequados. Logo que detectada a baixa visão, existem técnicas para trabalhar o resíduo visual (usam-se óculos, lupas, etc) as pessoas com baixa visão distinguem vultos, claridade e objetos a pouca distância.
Utilizam para leitura e escrita letras com tipos ampliados.
 
Cegueira
 
É a perda total da visão, até a ausência de projeção de luz. Do ponto de vista educacional, deve-se evitar o conceito de cegueira legal (acuidade visual igual ou menor que 20/200 ou campo visual inferior a 20° no menor olho), utilizada apenas para fins sociais, pois não revelam o potencial visual útil para a execução de tarefas.
Utilizam o método Braille para leitura e escrita, para locomoção utilizam a bengala longa e para cálculos matemáticos utilizam o soroban que é uma adaptação do antigo ábaco.
 
Deficiência Física:
 
Alteração completa ou parcial dos membros superiores (braços) e/ou inferiores (pernas), acarretando comprometimento da função física.
Em alguns casos é devido à paralisia cerebral (conjunto de distúrbio motores decorrentes de uma lesão no cérebro, durante os primeiros estágios de desenvolvimento); pode ter afetada a comunicação oral, escrita e/ou gestual.
Nestes casos pode ser utilizada a comunicação alternativa (pranchas ou livros de comunicação com desenhos, fotos ou símbolos com figuras correspondentes a substantivos, adjetivos, verbos e advérbios mais utilizados na linguagem do cotidiano).
 Pode ser utilizado o Método Bliss.
 
Deficiência Auditiva: Perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus e níveis, desde uma perda leve ate a perda total da audição. (pode-se trabalhar com os resíduos auditivos nas atividades educacionais através do uso de aparelho auditivo que amplificam o som).
Utilizam a LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais (é a primeira língua materna dos surdos). Deficiência intelectual: É a nomenclatura usada atualmente para definir o que antigamente chamávamos de deficiência mental.
O termo foi aprovado em agosto de 2006, em uma Convenção Internacional de Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU).
Dificuldade na aprendizagem de conceitos abstratos, focar a atenção, na capacidade de memorização e resolução de problemas, com manifestação antes dos 18 anos. Em alguns casos apresentam discrepância entre idade mental e a idade cronológica, porém a melhor forma de promover a interação social é colocando-os em contato com crianças da mesma faixa etária, o que contribuirá muito com seu desenvolvimento.
 
Deficiência múltipla: é a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências, como também a distúrbios (neurológico, emocional, e de linguagem) que causam atraso no desenvolvimento educacional, vocacional, social e emocional, dificultando sua autonomia.
Aprendem mais lentamente; tendem a esquecer as habilidades que não são praticadas; necessitam de alguém para mediar seu contato com o meio que o rodeia.
 
Surdocegueira: É um indivíduo com privações multisensoriais. É uma deficiência única que apresenta a perda da audição e da visão de tal forma que a combinação das duas impossibilita o uso dos sentidos à distância, cria necessidades especiais de comunicação.
Para sua autonomia, a pessoa surdocega precisa de um guia-intérprete.
Formas de comunicação: Libras, Alfabeto digital na mão da pessoa surdocega letra por letra (formato em tinta ou alfabeto de surdos), tadoma (utilização do tato, pela pessoa com surdocegueira, colocando-se a mão no rosto de quem fala).
 
Transtornos Globais do Desenvolvimento: Autismo- é um transtorno do desenvolvimento, que manifesta-se tipicamente antes dos 3 anos de idade. Este transtorno compromete todo o desenvolvimento psiconeurológico, afetando a comunicação (fala e entendimento) e o convívio social, apresentando em muitos casos um retardo mental.
Pode ser utilizado o Método Teacch: programa estruturado que privilegia a rotina e a antecipação das atividades através de estímulos visuais o que facilita a comunicação (linguagem receptiva e expressiva).
São utilizados como estímulos (fotos, figuras, cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais). Condutas Típicas: São “manifestações comportamentais típicas de portadores de síndromes (Ex.: Síndrome de Asperger, Síndrome de Willians, Síndrome de Rett) e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento da pessoa e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado”.(MEC-SEESP,1994, p.7-8).
 
Altas Habilidades / Superdotação: A Política Nacional de Educação Especial (1994) define como portadores de altas habilidades / superdotados os educandos que apresentarem notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica especifica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora. A escola deve apresentar propostas que atendam as suas particularidades, seja na classe comum ou em programas específicos de enriquecimento em Salas de Recursos, para atendimento Suplementar. Dislexia: Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico. Haverá sempre: - dificuldades com a linguagem e escrita; - dificuldades em escrever; - dificuldades com a ortografia; - lentidão na aprendizagem da leitura; Se criança continua apresentando alguns ou vários dos sintomas a seguir, é necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado, para que possa prosseguir seus estudos junto com os demais colegas e tenha menos prejuízo emocional.
 
TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).
 Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores.
As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo).
Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos.
Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
 
SUGESTÕES DE ADAPTAÇÕES PARA ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS DEFICIÊNCIA VISUAL
Leia ou peça para alguém ler o que está escrito na lousa;
• Sempre que possível, passe a mesma lição que foi dada para a classe;
• Procure o apoio do professor especializado, que ensinará à criança o sistema Braille e acompanhará o processo de aprendizagem;
• Busca de recursos pedagógicos para o aluno com deficiência é um direito dele;
• Disponibilize com antecedência os textos e livros para o curso;
• Se possível, o material de estudo deve ser fornecido sob a forma de textos ampliados, textos em Braille, textos e aulas gravadas em áudio ou em disquete, de acordo com as necessidades do aluno e a possibilidade da escola. O aluno poderá, ainda, precisar utilizar auxílios ópticos e computadores com programas adaptados, assim como apoio para trabalho de laboratório e do pessoal da biblioteca;
• Durante as aulas, é útil identificar os conteúdos de uma figura e descrever a imagem e a sua posição; • Substitua os gráficos e tabelas por outras questões ou utilize gráficos simples em relevo;
• Transcreva para braile as provas e outros materiais;
• Possibilite usar formas alternativas nas provas: o aluno pode ler o que escreveu em braile; fazer gravação em fita K-7 ou escrever com tipos ampliados;
• Amplie o tempo disponível para a realização das provas;
• Evite dar um exame diferente, pois isso pode ser considerado discriminatório e dificulta a avaliação comparativa com os outros estudantes;
• Ajude só na medida do necessário;
• Tenha um comportamento o mais natural possível, sem super proteção, ou pelo contrário, ignorá-lo. Como o aluno com deficiência visual pode aprender matemática? Para ensinar matemática, o instrumento mais utilizado é o ábaco (ou soroban) que é de origem japonesa. Seu manuseio é fácil e pode ajudar também os alunos que enxergam, pois ele concretiza as operações matemáticas. Outra técnica complementar que pode ser utilizada com bons resultados é o cálculo mental, que deve ser estimulado desde o início da aprendizagem e que será útil, posteriormente, quando o aluno estudar álgebra. É importante ressaltar que, ao adaptar recursos didáticos para facilitar o aprendizado de alunos com deficiência, o professor acaba beneficiando todos os alunos, pois recorre a materiais concretos, que facilitam a compreensão dos conceitos. DEFICIÊNCIA AUDITIVA: Como você pode ensinar um aluno surdo? Você pode desenvolver o processo de aprendizagem com o aluno surdo adotando a mesma proposta curricular do ensino regular, com adaptações que possibilitem: • o acesso ao conteúdo, utilizando sistemas de comunicação alternativos, como a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), a mímica, o dese­nho, a expressão corporal; • a utilização de técnicas, procedimentos e instrumen­tos de avaliação compatíveis com as necessidades do aluno surdo, sem alterar os objetivos da avaliação, como, por exemplo, maior valoriza­ção do conteúdo em detrimento da forma da mensagem expressa. Você sabia que é errado dizer “surdo-mudo”?
Algumas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Elas não são mudas, porque podem emitir sons. A pessoa muda é aquela que não consegue emitir nenhum som. As pessoas surdas podem se comunicar de várias formas, uma delas é através da língua de sinais, que funciona como uma linguagem gestual.
 
SUGESTÕES DE APOIO AO ALUNO COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA:
• Os alunos com deficiências auditivas devem ficar sempre na primeira fila na sala de aulas. Dependendo da condição sócio-econômica da família e do tipo de surdez, o aluno pode utilizar um recurso acústico (Aparelho Auditiva e/ou Sistema de FM), para amplificar o som da sala;
• Há alunos que conseguem ler os movimentos dos lábios. Assim, o professor e os colegas devem falar o mais claramente possível, evitando voltar-se de costas enquanto fala. É extremamente difícil para estes alunos anotarem nas aulas, durante a exposição oral da matéria, principalmente aqueles que fazem leitura labial enquanto o professor fala;
• É sempre útil fornecer uma cópia dos textos com antecedência, assim como uma lista da terminologia técnica utilizada na disciplina, para o aluno tomar conhecimento das palavras e do conteúdo da aula a ser lecionada. Pode também justificar-se a utilização de um intérprete que use a língua brasileira de sinais;
• Este estudante pode necessitar de tempo extra para responder aos testes;
• Fale com naturalidade e clareza, não exagerando no tom de voz;
• Evite estar em frente à janela ou outras fontes de luz, pois o reflexo pode obstruir a visão;
. Quando falar, não ponha a mão na frente da boca;
• Quando utilizar o quadro ou outros materiais de apoio audiovisual, primeiro exponha os materiais e só depois explique ou vice-versa (ex.: escreva o exercício no quadro ou no caderno e explique depois e não simultaneamente);
• Repita as questões ou comentários durante as discussões ou conversas e indique (por gestos) quem está a falar, para uma melhor compreensão por parte do aluno;
• Escreva no quadro ou no caderno do aluno datas e informações importantes, para assegurar que foram entendidas;
• Durante os exames, o aluno deverá ocupar um lugar na fila da frente. Um pequeno toque no ombro dele poderá ser um bom sistema para chamar-lhe a atenção, antes de fazer um esclarecimento.
 
 
DEFICIÊNCIA FÍSICA: • Características: são comuns as dificuldades no grafismo em função do comprometimento motor. Às vezes, o aprendizado é mais lento, mas, exceto nos casos de alteração na motricidade oral, a linguagem é adquirida sem problemas. Muitos precisam de cadeira de rodas ou muletas para se locomover. Outros apenas de apoios especiais e material escolar adaptado, como apontadores, suportes para lápis etc.
• Recomendações: a escola precisa ter elevadores ou rampas. Fique atento a cuidados do dia a dia, como a hora de ir ao banheiro. “Algum funcionário que tenha força deve acompanhar a criança”, explica Marília Costa Dias, professora do Instituto Superior de Educação Vera Cruz, na capital paulista. Nos casos de hidrocefalia, é preciso observar sintomas como vômitos e dores de cabeça, que podem indicar problemas com a válvula implantada na cabeça. PARALISIA CEREBRAL: • Características: a principal é a espasticidade, um desequilíbrio na contenção muscular que causa tensão. Inclui dificuldades para caminhar, na coordenação motora, na força e no equilíbrio. Pode afetar a fala.
• Recomendações: para contornar as restrições de coordenação motora, use canetas e lápis mais grossos – uma espuma em volta deles presa com um elástico costuma resolver. Utilize folhas avulsas, mais fáceis de manusear que os cadernos. Escreva com letras grandes e peça que o aluno se sente na frente. É importante que a carteira seja inclinada. Se ele não consegue falar e não utiliza uma prancha própria de comunicação alternativa, providencie uma para ele com desenhos ou fotos por meio dos quais se estabelece a comunicação. Ela pode ser feita com papel cartão ou cartolina, em que são colados figuras pequenas, do mesmo material, e fotos que representem pessoas e coisas significativas, como os pais, os colegas da classe, o time de futebol, o abecedário e palavras-chave, como “sim”, “não”, “fome”, “sede”, “entrar”, “sair” etc. Para informar o que quer ou sente, o aluno aponta para as figuras e se comunica. Ele precisa de um cuidador para ir ao banheiro e, em alguns casos, para tomar lanche.
 
MÚLTIPLA DEFICIÊNCIA SENSORIAL:
 
Sinais de surdocegueira
Déficit de audição e visão;
• Atraso significativo no desenvolvimento global (motor e cognitivo);
• Ausência de fala;
• Dificuldade em estabelecer relações com o outro;
• Tendência ao isolamento pela falta de comunicação;
• Chora, geme e faz movimentos corporais como formas de comunicação.
O que você pode fazer? Orientar os pais a procurar profissional especializado.
Uma instituição que tem sido considerada referência nesta área é o Grupo Brasil de Apoio ao
 
Surdocego e ao Múltiplo Deficiente Sensorial.
Para entrar em contato acesse o site: http://www.grupobrasil.org.br/ E-mail: grpbrasil@ssol.com.br. Para saber mais, você pode entrar em meu outro blog mais específico:
 
 Deficiência Visual e Educação.
 
DEFICIT INTELECTUAL:
• Aja naturalmente ao dirigir-se a uma pessoa com deficit intelectual;
• Trate-a com respeito e consideração, de acordo com sua idade;
• Não a ignore. Cumprimente e despeça-se dela normalmente, como faria com qualquer pessoa;
• Dê atenção a ela, converse e vai ver como pode ser agradável;
• Não subestime sua inteligência. As pessoas com deficit intelectual levam mais tempo para aprender, mas podem adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais.
 
ALUNOS COM DEFICIT INTELECTUAL
• Não subestime a inteligência do aluno! Encoraje as perguntas e a expressão de suas opiniões;
• Não superproteja. Deixe que ele faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajude apenas quando for realmente necessário;
• Valorize mais o processo do que o resultado. Mas não ignore os resultados, eles também devem ser esperados e cobrados do aluno;
• Promova a participação em atividades estimulantes e diversificadas;
• Respeite as preferências, os gostos e as decisões do aluno.
 
AUTISMO - TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO
-Características: dificuldades de interação social, de comportamento (movimentos estereotipados, como rodar uma caneta ou enfileirar carrinhos) e de comunicação (atraso na fala).
“Pelo menos 50% dos autistas apresentam graus variáveis de deficiência intelectual”, afirma o neurologista José Salomão Schwartzman, docente da pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.
Alguns, porém, têm habilidades especiais e se tornam gênios da informática, por exemplo. - Recomendações: para minimizar a dificuldade de relacionamento, crie situações que possibilitem a interação. Tenha paciência, pois a agressividade pode se manifestar. Avise quando a rotina mudar, pois alterações no dia a dia não são bem-vindas. Dê instruções claras e evite enunciados longos.
 
CONDUTAS TÍPICAS:
SÍNDROME DE ASPERGER
• Definição: condição genética que tem muitas semelhanças com o autismo.
• Características: focos restritos de interesse são comuns. Quando gosta de Matemática, por exemplo, o aluno só fala disso. “Use o assunto que o encanta para introduzir um novo”, diz Salomão Schwartzman.
• Recomendações: as mesmas do autismo.
 
SÍNDROME DE WILLIAMS
Definição: desordem no cromossomo
• Características: dificuldades motoras (demora para andar e falta de habilidade para cortar papel e andar de bicicleta, entre outros) e de orientação espacial. Quando desenha uma casa, por exemplo, a criança costuma fazer partes dela separadas: a janela, a porta e o telhado ficam um ao lado do outro. No entanto, há um interesse grande por música e muita facilidade de comunicação. “As que apresentam essa síndrome têm uma amabilidade desinteressada”, diz Mônica Leone Garcia.
• Recomendações: na sala de aula, desenvolva atividades com música para chamar a atenção delas.
 
SÍNDROME DE RETT
• Definição: doença genética que, na maioria dos casos, atinge meninas.
Características: regressão no desenvolvimento (perda de habilidades anteriormente adquiridas), movimentos estereotipados e perda do uso das mãos, que surgem entre os 6 e os 18 meses. Há a interrupção no contato social. A comunicação se faz pelo olhar.
• Recomendações: “Crie estratégias para que esse aluno possa aprender, tentando estabelecer sistemas de comunicação”, diz Shirley Rodrigues Maia, da Ahimsa. Muitas vezes, crianças com essa síndrome necessitam de equipamentos especiais para se comunicar melhor e caminhar.
QUER SABER MAIS? Associação de Amigos do Autista (AMA), http://www.ama.org.br/ de Assistência à Criança Deficiente (AACD), http://www.aacd.org.br/ Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), http://www.apaebrasil.org.br/ Educacional para Múltipla Deficiência, http://www.ahimsa.org.br/ Associação Quero-Quero, http://www.projetoqueroquero.org.br/ Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (Derdic), http://www.derdic.pucsp.com.br/ Fundação Dorina Nowill para Cegos, http://www.fundacaodorina.org.br/ Fundação Selma, http://www.fund-selma.org.br/ Instituto de Educação para Surdos (Ines), http://www.ines.gov.br/ Laramara – Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, http://www.laramara.org.br/ Fonte: Revista Nova Escola Edição Especial Julho 2009 Título original: Aprender a superar -------------------------------------------------
 
ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO:
Diferentes estratégias podem ser empregadas nas classes comuns para diferenciação e modificação do currículo regular, contribuindo, inclusive, para estimular potencialidades de toda a turma. A seguir, são apresentados alguns exemplos de estratégias metodológicas e pedagógicas. Elas se aplicam tanto à educação infantil quanto ao ensino fundamental:
• A aprendizagem deve ser centrada no aluno. Leve em consideração os interesses e habilidades dos alunos.
• Implemente atividades de enriquecimento em sala de aula, como, por exemplo, dramatizações, produção de histórias etc.
• Investigue os interesses, os estilos de aprendizagem e de expressão dos seus alunos ou observe-os de forma a identificar seus interesses, pontos fortes e talentos.
• Analise e modifique o currículo existente de forma a identificar e eliminar redundâncias e incrementar unidades que sejam desafiadoras para os alunos.
• Retire ou reduza do currículo a ser desenvolvido conteúdo que os alunos já dominam ou que pode ser adquirido em um ritmo compatível com suas habilidades. O uso dessa estratégia educacional elimina conteúdo curricular repetitivo, cria um ambiente de aprendizagem desafiador, reduz sentimentos de apatia e desinteresse dos alunos superdotados com relação às atividades desenvolvidas em sala de aula, e possibilita a esses alunos utilizar o tempo economizado para se dedicar às atividades de seu interesse. É importante que seja feita uma avaliação criteriosa do nível de conhecimento do aluno acerca do conteúdo antes de se implementar essa estratégia: • Desenvolva atividades com diferentes produtos finais, de modo que as necessidades individuais possam ser atendidas.
• Permita que os alunos comuniquem conhecimento ou experiências prévias.
• Use várias estratégias de ensino (atividades em grupo, dramatização, brincadeiras etc) de forma a assegurar o envolvimento do aluno em sala de aula. - Convide pessoas da comunidade ou especialistas para falar para os alunos de forma a despertar o interesse dos mesmos sobre o conteúdo estudado e promover o desenvolvimento de habilidades.
• Envolva os alunos em atividades de solução de problemas que os levem a transferir os objetivos de aprendizagem a situações em que a criatividade e outras habilidades superiores de pensamento (por exemplo, análise, avaliação, síntese) sejam empregadas.
• Estimule os alunos a encontrar respostas para suas próprias questões por meio de projetos individuais (ex.: registro de atividades e descobertas em álbuns, cartazes, filmagens, gravações, desenhos, colagens) e atividades de exploração.
• Envolva os pais no processo de aprendizagem de seus filhos (tutoria, acompanhamento no dever de casa).
• Dê ao aluno oportunidade de escolha, levando em consideração seus interesses e habilidades.
• Dê oportunidades ao aluno de obter conhecimento pessoal acerca de suas habilidades, interesses e estilos de aprendizagem, oferecendo experiências de aprendizagem variadas.
• Relacione os objetivos do conteúdo às experiências dos alunos.
• Ofereça aos alunos informações que sejam importantes, interessantes, contextualizadas, significativas e conectadas entre si, levando em consideração os interesses e habilidades das crianças. • Oriente o aluno a buscar informações adicionais sobre tópicos de seu interesse, sugerindo fontes de informações diversificadas (livros, indivíduos, revistas, internet etc).
• Estimule o aluno a avaliar seu desempenho em uma atividade ou tarefa.
• Valorize produtos e idéias criativas.
• Situe os alunos nos grupos com os quais melhor possa trabalhar. Dê oportunidade aos alunos de desenvolverem atividades com outros de mesmo nível de habilidade.
• Ofereça ao aluno oportunidade de visitar e observar locais variados (ex.: parques, jardim zoológico, jardim botânico, teatros, comércio, galerias de arte, museus, lojinha de animais domésticos, feira, praça etc).
• Evite rotular o aluno de superdotado. Trate as diferenças individuais como um fato natural. Lembre-se de que nem sempre o aluno superdotado terá um desempenho excelente em todas as áreas ou atividades.
 
DISLEXIA:
Não há nenhuma linha de tratamento que seja considerada ‘’a melhor’’ ou ‘’a única’’.
O importante é a aceitação e adaptação do próprio disléxico à linha adotada pelo profissional. O que podemos dizer é que como a principal característica dos disléxicos é a dificuldade da relação entre a letra e o som (Fonema -Grafema), na terapia deverá ser enfatizado o método Fônico.
Deve-se também treinar a memória imediata a percepção visual e auditiva. É sugerido que se adote o método multissensorial, cumulativo e sistemático. Ou seja, deve-se utilizar ao máximo todos os sentidos. Um exemplo básico é poder ler e ouvir enquanto se escreve.
O disléxico assimila muito bem tudo que é vivenciado concretamente.
 
TDAH - TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO HIPERATIVIDADE Como tratar?
O Tratamento do TDAH deve ser multimodal, ou seja, uma combinação de medicamentos, orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas que são ensinadas ao portador. A medicação é parte muito importante do tratamento. A psicoterapia que é indicada para o tratamento do TDAH chama-se Terapia Cognitivo Comportamental. Não existe até o momento nenhuma evidência científica de que outras formas de psicoterapia auxiliem nos sintomas

quarta-feira, 16 de maio de 2012

SIR.wmv



SALA DE INTEGRAÇÃO E RECURSOS DA EMEF AFONSO GUERREIRO LIMA



           A Sala de Integração e Recursos da EMEF Afonso Guerreiro Lima é um espaço muito próprio de experiências múltiplas visando a aprendizagem do aluno com necessidades especiais.
Há diversos recursos desenvolvidos para estimular o interesse e a motivação desses alunos.
Conforme relatos da professora Ângela Figueiredo, dá-se relevância a jogos e brincadeiras para que, de uma forma lúdica, o aluno venha a despertar o interesse pelas atividades realizadas na escola. Embora seja uma forma diferente, após as brincadeiras, utiliza-se atividades desenvolvidas em aula pelos professores e que devem ter relação direta com a que o aluno vivencia na SIR.
Uma das brincadeiras de grande interesse das crianças são os jogos de quebra-cabeça, onde os alunos estabelecem relações de análise e síntese, além de ser importante para o desenvolvimento da atenção e destreza.
As brincadeiras que simulam atividades presentes no dia a dia das crianças, também se encontram retratadas lá, como por exemplo, brincar de fazer comida, utilizando-se de  artefatos como panelas e fogão.
Segundo os dizeres da professora Ângela Figueiredo: “ O aluno especial necessita de atividades que prendam e despertem seu interesse, uma delas é o simples brincar de fazer de conta”.
Outra atividade muito apreciada é o jogo da corrida com os carros. Eles utilizam-se de um tabuleiro gigante, onde está desenhado a trilha. Os alunos iniciam jogando um dado. Caso por exemplo dê 3 no dado, ele deverá avançar 3 casas, ou seja, observará a indicação. Se cair numa casa em que a regra é para parar, abastecer o carro, logo deverá obedecer e cumprir o que foi determinado.   O aluno deverá ter atenção e seguir corretamente as regras dadas pelo jogo. Será campeão aquele que primeiro conseguir concluir.
Uma atividade divertida e que é de interesse dos alunos é vestir-se e utilizarem máscaras, perucas, óculos... e assim poderem extravasar sentimentos.
A professora conta que para alguns alunos que tem verdadeiro fascínio pelo programa Chaves, adoram realizar brincadeiras envolvendo os personagens.
Outro dia, conforme relatos da professora Ângela, um aluno percebendo um dos bonecos da série, avidamente quis pegá-lo e repetir como ele age. “A tendência das crianças é repetir o que os atores fazem, até por imitação. Os pais devem ficar atentos, pois muitas vezes eles são agressivos e as crianças acabam repetindo o que veem. Cabe a eles, intervir e explicar que essa não é uma atitude correta."
A professora da SIR mostrou um recurso utilizado para as crianças que apresentam dificuldades motoras, que é o uso de um painel que prende-se nas mesas. Ele apresenta várias faixas com velcro. O aluno pegará o desenho com a escrita da palavra e posteriormente, tentará achar as partes da mesma. Ao achá-la colará no velcro. Caso o aluno já consiga escrever, prende-se uma folha A3 na mesa em suas extremidades e com o auxílio do pincel atômico o aluno tentará escrever a palavra do exercício anterior até como reforço da atividade.
Para finalizar as atividades Ângela mostrou uma colméia, que faz parte da tecnologia assistiva que serve para alunos com Necessidades Especiais  que tenham dificuldade motora. Esse equipamento facilita para o aluno na utilização de teclas do computador.
Através dessa exposição de atividades podemos perceber a importância dos alunos atendidos pela SIR onde, além de brincadeiras, jogos e atividades como o simples brincar de faz de conta podem estimular os alunos com Necessidades Especiais.





terça-feira, 15 de maio de 2012


SIR (Sala de Integração e Recursos)

A Sala de Integração e Recursos da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre constitui-se num espaço e numa modalidade de trabalho pedagógico, especialmente planejado para a investigação e atendimento aos alunos do ensino regular e especial que, por apresentarem necessidades educativas especiais, necessitam de atendimento complementar e específico que venha a contribuir para sua adequada integração ao ensino regular.


OBJETIVOS

A SIR está voltada ao atendimento das especificidades e diversidades dos alunos oriundos do ensino regular e especial. Tem como objetivos:

·                    Avaliar, junto ao setor pedagógico, a situação do aluno que apresenta indicação de um trabalho mais específico;
·                    Estabelecer investigação individualizada buscando identificar possibilidades de aprendizagem, potencialidades, bem como carências;
·                    Planejar a modalidade de atendimento na SIR e de acompanhamento na escola;
·                    Assessorar os serviços da escola de origem do aluno quanto as possíveis investigações;
·                    Planejar o trabalho didático-pedagógico a ser desenvolvido, sendo este com ênfase no processo de alfabetização;
·                    Contatar com a família do aluno sempre que necessário, para firmar acordos quanto a ações a serem estabelecidas;
·                    Acompanhar o aluno no seu cotidiano escolar, através de trocas de informações com os profissionais que atuam com o mesmo, ou fora do âmbito escolar quando estes são atendidos por outros especialistas;
·                    Valorizar as realizações do sujeito, substituindo o temor do fracasso escolar pelo encorajamento de seus esforços e progressos alcançados.


DINÂMICA DE TRABALHO

Num primeiro contato é informado a cada escola o número de vagas que tem na SIR. Este levantamento é feito de acordo com o número de alunos matriculados que fazem parte da clientela à qual se destina esse serviço.
O Serviços de Orientação Pedagógica e os professores priorizam os alunos que serão encaminhados para avaliação na SIR. Após esta definição será preenchida a ficha de encaminhamento com os pareceres do orientador e do professor, ressaltando aspectos significativos que justificam tal encaminhamento.

De posse dos pareceres e após análise dos mesmos, os professores da SIR discutirão com os serviços da escola, quais os alunos elegíveis ou não, e aqueles que sugerem outro tipo de intervenção que não a da SIR.

Definidos os alunos, as próximas etapas, de acordo com o Documento Referência da SIR (SMED/POA,1998),  são:

1ª Etapa: Será realizada inicialmente uma observação do aluno em seu contexto escolar. Isso porque faz-se necessário o conhecimento da realidade que por hora é significativa para este aluno em função das dificuldades apresentadas.
Neste momento se estará atendendo às diversidades de relações do aluno no âmbito escolar.
2ª Etapa: A fim de estabelecer com a família um contato relativo ao trabalho a ser desenvolvido, promove-se nesta fase um encontro com os responsáveis pelo educando em questão.
3ª Etapa: Passamos então, à avaliação com o aluno na sala da SIR contemplando dois encontros individuais semanais. Procurar-se à não ultrapassar o limite de oito encontros. Esta etapa tem como finalidade estabelecer uma investigação individualizada buscando identificar possibilidades de aprendizagem, potencialidades, dificuldades, com o objetivo de levantar possíveis intervenções para a qualificação do trabalho em sala de aula e/ou para encaminhamentos à especialistas e/ou orientações à família.
4ª  Etapa: Elaboração, por parte do professor da SIR, de um relatório da avaliação que se constituirá dos acordos e contratos feitos da devolução à escola
5ª Etapa: Consiste no planejamento do trabalho didático e/ou intervenção psicopedagógica a ser desenvolvida por parte dos professores da SIR e da aula de aula. As aprendizagens escolares, sociais, afetivas; as atividades; a metodologia de trabalho; o material didático necessário; a duração e a freqüência do atendimento, entre outros.
6ª Etapa: Após o termino da avaliação os responsáveis pelo aluno serão chamados à SIR onde tomarão conhecimento das conclusões à que chegaram SIR/Escola e da proposta de trabalho a ser realizada.
7ª Etapa: É o momento da intervenção na qual se efetiva o atendimento específico, a cargo do profissional da SIR. A modalidade de atendimento em consideração, critérios para a indicação do melhor espaço de trabalho. Para que o aluno não tenha prejuízo no trabalho desenvolvido em sala de aula o atendimento se dará em horário oposto ao escolar, oportunizado, assim, um tempo a mais com as questões da aprendizagem.
8ª Etapa: Trata-se do acompanhamento deste aluno para avaliar a adequação às suas necessidades e propiciar informação útil que permita uma revisão periódica do planejamento.
9ª Etapa: A partir do momento em que o aluno obtiver avanços significativos no contexto escolar, podendo da SIR, e que a escola sinta-se preparada para assumir as diferentes situações que este educando possa apresentar no decorrer da construção do conhecimento, ele será desligado da mesma.
Através de um fórum de discussão com a assessoria se chega a um consenso quanto ao momento do desligamento do aluno que freqüenta a SIR, não deixando de levar em consideração a garantia de um acompanhamento assistemático após este desligamento.








segunda-feira, 14 de maio de 2012

Educação inclusiva

                


A inclusão escolar e seus paradigmas
A discussão sobre a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em escolas ditas ‘regulares’ vem ganhando maior dimensão nos últimos tempos.
A função social da escola é a de formar seus alunos para que sejam cidadãos justos e livres de qualquer preconceito.
A discriminação e o preconceito ainda são predominantes na maior parte dos espaços sociais, principalmente no ambiente escolar. Partindo do pressuposto que muitos professores ainda acreditam que a inclusão escolar é apenas social, mascara-se a realidade quando afirmam fazer parte de uma educação inclusiva.

O fato de uma escola receber alunos portadores de necessidades especiais não quer dizer que esta escola esteja preparada para tal. Este educando acaba muitas vezes sendo marginalizado e excluído das atividades propostas pela escola, por não poder contribuir da mesma forma que os demais alunos.

O processo de inclusão escolar tem como pressuposto a mobilização da sociedade para um novo olhar frente às diferenças humanas, elegendo-as como um valor a ser assumido por todos, partindo do princípio de que a principal característica do ser humano é a pluralidade, e não a igualdade ou a uniformidade.
Conforme estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais devem ser matriculados na Rede Regular de Ensino. O Brasil é também signatário de várias declarações internacionais que sinalizam a educação inclusiva como o compromisso dos próximos anos no cenário mundial.
Ao iniciar esse ensaio convém que se defina a palavra Inclusão. Para o dicionário Aurélio (1993) incluir (inclusão) é o mesmo que compreender, que por sua vez quer dizer entender, alcançar com a inteligência.

Em entrevista à Revista Nova Escola (Maio/2005), Maria Teresa Eglér Mantoan, define inclusão como: “É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção.”

A atitude de quem não permite aos deficientes serem incluídos em salas regulares é, de certa forma, semelhante à atitude que os antigos tinham. Embora não eliminem literalmente tais crianças, as excluem do seu convívio e as condenam a viverem segregadas por toda a vida.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 10% da população mundial têm necessidades especiais. Se este percentual for aplicado ao Brasil, nós teremos cerca de 18 milhões de pessoas com necessidades especiais. De acordo com a Sinopse Estatística da Educação Básica/Censo Escolar de 1998, do MEC/INEP, haviam 293.403 alunos matriculados em estabelecimentos escolares (que não quer dizer, o mesmo que instituições convencionais). Ora, se, segundo a estimativa da OMS, o Brasil realmente tiver de fato 18 milhões de deficientes, estes pouco mais de 293 mil que se encontram matriculados é apenas uma ínfima parte desta população.

 A Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, que aprova o Plano Nacional de Educação. O capítulo 8 do PNE é destinado à Educação Especial. Este documento tece um diagnóstico e traça as diretrizes, objetivos e metas para os próximos 10 anos. Segundo o PNE, a oferta de educação especial poderá ser realizada de três formas: participação nas classes comuns, sala especial e escola especial. Sendo que, as salas e escolas especiais devem ser apenas para aqueles que realmente não puderem ser atendidas nas salas convencionais.
É preciso refletir sobre o fato de que, na tentativa de inclusão, muitas vezes, se coloca todos os alunos numa mesma categoria de aprendizagem, generalizando o processo, em detrimento das necessidades educacionais especiais de cada indivíduo.
Inclusão de alunos com necessidades especiais não significa igualá-los, mas dar a eles o direito de ter ingresso e permanência no ensino regular para uma educação com qualidade, atendendo suas necessidades, desafiando e desenvolvendo suas possibilidades.
A legislação argumenta a favor da igualdade, porém, na realidade escolar, pratica-se a desigualdade, ao se pensar que todos vão ter sucesso na escola regular, sem que haja atendimento especializado.
 É importante sinalizar a importância para os alunos com necessidades especiais, bem como para os professores que os atendem nas salas de aula regular, de um apoio especializado, sistemático e qualificado. Prega-se a educação como o futuro da nação, mas se continua a investir pouco, desprestigiando ações diferenciadas que possibilitem aos sujeitos que apresentam deficiências usufruírem de uma educação de qualidade. O apoio a professores e alunos no processo inclusivo faz parte das ações necessárias ao sucesso da proposta.
Como nos afirma Carvalho:
 Pensar na inclusão dos alunos com deficiência(s) nas classes regulares sem oferecer-lhes a ajuda e apoio de educadores que acumularam conhecimentos e experiências específicas, podendo dar suporte ao trabalho dos professores e aos familiares, parece-me o mesmo que fazê-los contar seja como número de matrícula, seja como mais uma carteira na sala de aula (2004, p.29)

Dessa maneira o apoio a ser oferecido deve ser dado, fundamentalmente, por um profissional habilitado em educação especial, que é especializado em conhecimentos teóricos e práticos sobre a pessoa com deficiência mental. É conhecedor da realidade do processo inclusivo e do papel importante da qualificação dos espaços escolares, da formação qualificada dos profissionais da educação e do necessário apoio aos professores, alunos, famílias e comunidade.
É importante salientar que a inclusão não é sinônimo de desmonte da educação especial, e que esse desmonte, se houver, não garantirá o sucesso escolar das crianças com necessidades educacionais especiais. Contudo, o que parece estar acontecendo em muitos casos de inclusão escolar é apenas a transferência dos alunos da educação especial para a educação regular, sem um atendimento de acordo com as necessidades e especificidades de cada sujeito, tal como deveria ocorrer de fato.

Nessa perspectiva, inclusão escolar não é manter todos os alunos no mesmo espaço físico, ou seja, na mesma sala de aula, por quatro (4) horas diárias, participando, ainda que “supostamente”, de todos os momentos planejados pelo professor. Ao contrário, é preciso oferecer a cada aluno as situações de aprendizagem que melhor atendam às suas necessidades e que promovam seu sucesso construindo, através dessas ações pontes para a conquista do saber. Sendo assim, considero uma escola especial também um espaço inclusivo, desde que as práticas pedagógicas exercidas nela sejam verdadeiras e primem pela construção do saber.

Entendo que a concepção de inclusão escolar, como profissional, é aquela que exige o direito de igualdade de oportunidades, o que não significa um modo igual de educar a todos, mas sim, poder oferecer a cada sujeito o que melhor atende às suas necessidades em função de características individuais, interesses e possibilidades. A efetiva inclusão envolve educar com eqüidade, qualidade e responsabilidade.

Pensar numa educação inclusiva significa, antes de tudo, respeitar a diversidade das pessoas, e, sobretudo, respeitar os diferentes saberes dos diferentes sujeitos que convivem num mesmo espaço, seja ele escolar, seja ele social. É aceitar nossos não-saberes e aprender com os outros usufruindo dos conhecimentos por eles construídos na perspectiva de um crescimento interpessoal para o desenvolvimento de um projeto maior. É, com certeza, não instituir sistemas paralelos, mas integrados em ação cooperativa e responsável para a construção de uma sociedade sem barreiras atitudinais, sociais, e de conhecimento do mundo frente às transformações científicas e tecnológicas que dele fazem parte.


BIBLIOGRAFIA

- BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília/DF, v. 134, n. 248, 23 dez. 1996. Seção I, p. 27834-27841.
- BRASIL Ministério da Educação e do Desporto – Sec. de Ed. Especial. CARVALHO, Erenice Natália Soares. Ed. Especial – Deficiência Mental. Brasília, SEESP, 1997. (p. 5)
- INCLUSÃO ESCOLAR: levantando possibilidades, encarando as dificuldades      – Disponível em:

- Inclusão: A escola está preparada para ela? – Disponível em:
- Maria Teresa Eglér Mantoan: professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Início

Para  iniciar esse blog, pensei em expor o assunto de forma atrativa. Sugiro então esse vídeo que relata a um pouco da função da Inclusão.



Nessa poesia idealizada pelo célebre poeta Mário Quintana, diz respeito aos variados tipos de deficiências.


DEFICIÊNCIAS ( Mario Quintana )

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida,
aceitando as imposições de outras pessoas ou
da sociedade em que vive,
sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer
de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos
para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo
de ouvir um desabafo de um amigo,
ou o apelo de um irmão.
Pois está sempre apressado para o trabalho e
quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e
se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar
na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre."

DEFICIÊNCIAS - Mario Quintana (escritor gaúcho nascido em 30/07/1906 e morto em 05/05/1994).